Sindicatos cobram realocação de hospital danificado pela ação da Braskem

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Sindicatos de trabalhadores na área da saúde em Alagoas divulgam à sociedade uma carta aberta onde explicam a situação de precariedade do Hospital Escola Portugal Ramalho (HEPR), afetado em sua estrutura e no isolamento social pelo afundamento do solo provocado pela mineração da Braskem.

As Instituições cobram dos três poderes constituídos e dos órgãos de defesa e controle medidas de urgência na realocação do hospital, que não em condições de continuar funcionando devido aos danos na infraestrutura e pelo adoecimento de profissionais com a precariedade da unidade e o temor de um acidente iminente.

A realocação é a reivindicação das categorias. Para tanto é preciso a homologação imediata do acordo firmado com o governo do estado e cronograma das obras de construção de nova unidade hospital, conforme orientações técnicas aprovadas pela Comissão Intergestora Bipartite do Estado de Alagoas.

Os sindicatos denunciam que agravam-se as situações denunciadas, desde 2021, haja vista a suspensão, por 15 0 dias, das atividades dos blocos administrativos, Ouvidoria, Residência Acadêmica de Enfermagem e Residência Acadêmica de Psiquiatria, devidos à estrutura deficitária na unidade, o que acarretou prejuízo ao serviço e impactou negativamente na saúde mental dos servidores, familiares e pacientes.

Em julho deste ano, o Núcleo de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalhador (NAISST), da UNCISAL, instituição a qual o hospital está vinculado, constatou em processo do Ministério Público de Alagoas que o Hospital Portugal Ramalho é a unidade com maior afastamento por transtornos mentais e comportamentais.

“Até 09/07/2024, já existiam 845 dias de afastamentos por transtornos mentais e comportamentais dos servidores HEPR, o que tem prejudicado o serviço porque não conseguem realizar adequadamente suas capacidades, superar o estresse e trabalhar de forma produtiva”.

O deserto das áreas no entorno do HEPR, tem sido motivo de denúncias dos sindicatos de trabalhadores, já que expõe os servidores e familiares a riscos à sua integridade física, material e mental. “Há atestados médicos de servidor do HEPR que mostram essa relação: Paciente com ansiedade, crises de choro, medos frequentes recusando-se a ir ao trabalho no HEPR com receio de que aconteça afundamento do hospital e venha a falecer”.

Fonte: Jornal Extra

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