O ministro de Transportes, Renan Filho (MDB), expressou sua indignação com a posse do presidente reeleito da Venezuela, Nicolás Maduro, ocorrida nesta sexta-feira (10). Em uma publicação nas redes sociais, Renan afirmou que a “tomada do governo pela força bruta e sem legitimidade” deve ser amplamente condenada por todos que defendem a democracia.
Como membro do MDB, Renan Filho criticou duramente o regime autoritário imposto na Venezuela sob a liderança de Maduro. Ele declarou: “Deixo aqui meu repúdio ao truculento regime que se impõe mais uma vez hoje com a tentativa de posse desse ditador incansável em desrespeitar a soberana vontade do povo venezuelano.”
A posse de Nicolás Maduro ocorre em um momento de grave crise política e econômica na Venezuela. O novo mandato, que terá duração de seis anos, acontece em um cenário de isolamento político internacional, com a Venezuela sendo amplamente criticada por violações de direitos humanos e falta de transparência no processo eleitoral.
Especialistas apontam que Maduro perdeu uma oportunidade crucial de superar o isolamento ao descumprir o Acordo de Barbados, que visava promover uma eleição mais democrática e transparente. A falta de alternância no poder tem gerado ainda mais pressão interna contra o governo de Maduro, especialmente devido à grave crise econômica que o país enfrenta, com inflação alta e escassez de produtos essenciais.
A cerimônia de posse foi marcada pela presença de militares, que garantiram a segurança do evento. No entanto, o apoio popular parece ser cada vez mais escasso, e Maduro depende do respaldo das Forças Armadas para permanecer no poder.
O governo brasileiro, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, se distanciou de Maduro e optou por enviar apenas o corpo diplomático brasileiro para a cerimônia de posse. A oposição brasileira, por sua vez, continua buscando apoio internacional para contestar o regime de Maduro e pressionar por mudanças na Venezuela.
O cenário político e econômico da Venezuela continua sendo uma preocupação para os países vizinhos e a comunidade internacional, que observam com atenção os desdobramentos do novo mandato de Nicolás Maduro.