Deputados bolsonaristas de AL criticam indiciamento do ex-presidente e o chamam de ‘perseguição’

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Nessa quinta-feira (21), o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Polícia Federal gerou forte acontecimento entre parlamentares bolsonaristas de Alagoas, que classificaram a ação como uma “perseguição sem precedentes”. Enquanto lideranças como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o deputado Leonam (União Brasil) optaram pelo silêncio, outros aliados expressaram indignação e saíram em defesa do ex-mandatário.

O deputado estadual Cabo Bebeto (PL) utilizou as redes sociais para criticar a atuação do ministro Alexandre de Moraes e do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, há manipulação de depoimentos e criação de provas contra Bolsonaro. “Quanto mais batem, mais ele cresce. A direita está com você, Capitão!”, declarou, destacando o apoio da base conservadora ao ex-presidente.

Já o deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil) afirmou que o indiciamento seria uma estratégia para desviar a atenção de problemas nacionais, como corrupção e crise econômica. “Querem esconder isso a todo custo. A verdade jamais será ofuscada. 2026 vem aí!”, disse, indicando que Bolsonaro pode retornar ao cenário político mesmo estando inelegível.

O deputado federal Fábio Costa (PP) também se posicionou contra o processo, acusando o STF de “seletividade” e apontando um suposto uso político do sistema judiciário. “A ausência de provas é derivada por perseguição política, evidenciando o uso do sistema judicial como arma”, declarou.

A ausência de manifestações de Arthur Lira chamou a atenção, já que o deputado foi um dos principais aliados do governo Bolsonaro no Congresso.

O indiciamento de Bolsonaro e de ex-integrantes de seu governo foi realizado com base em acusações de tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022. A Polícia Federal concluiu que o grupo teria atuado de forma coordenada para abolir violentamente o Estado democrático de Direito, além de formar uma organização criminosa.

A investigação foi encerrada dois dias após a prisão de quatro militares e um policial federal suspeitos de planos atentados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

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