A Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed) realizou, na manhã desta quinta-feira (14), o I Seminário Interno da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEERQ). O evento, sediado no auditório da Prefeitura de Maceió, teve como objetivo apresentar a nova política para os setores estratégicos da pasta, compartilhando o trabalho desenvolvido na elaboração dos planos e ações para a devida implementação.

A PNEERQ é uma política nacional que tem como objetivo a implementação de ações e programas voltados à superação das desigualdades étnico-raciais e do racismo na educação brasileira e à promoção da política educacional para a população quilombola.

No plano de ação da Semed, apresentado pela professora Érica Mali, coordenadora da PNEERQ na secretaria, as estratégias para a rede municipal incluem formações em equidade racial, visibilidade às questões étnico-raciais e incentivo à autodeclaração (processo em que um indivíduo se identifica como pertencente a uma raça ou etnia).

Luciano Amorim, coordenador de Direitos Humanos da Semed, destacou a importância de ampliar o debate racial na rede de ensino municipal.

“Hoje, apresentamos o plano estratégico da PNEERQ, buscando colocá-la em foco nos anos de 2025 e 2026, principalmente no que diz respeito à destinação de recursos. Abrimos os diálogos com os demais órgãos públicos da prefeitura, Semdes, Semuc, Ministério Público e Conselhos Tutelares, porque a política racial precisa acontecer de forma interseccional, e Maceió é pioneira no estado quando falamos da PNEERQ”, explicou.

Para Lucélia Silva, coordenadora geral de Igualdade Racial da Secretaria Municipal da Mulher (Semuc), a implementação de políticas públicas de equidade racial é essencial em Maceió.

“Sabemos que a maioria da nossa população é negra e o racismo acontece cotidianamente, principalmente nesse espaço de educação. E também compreendemos que as nossas crianças são o futuro da nossa geração. Então, vamos implementar, regulamentar e cobrar que a política aconteça de forma correta”, disse.

Sophia Braz, coordenadora geral de Diversidade da Semuc, celebrou a iniciativa da PNEERQ. Ela reforçou que a educação precisa de mais humanização e de gestores que compreendam e acolham a diversidade, destacando o impacto histórico do racismo no Brasil e a necessidade de políticas que respeitem e representem a população negra e LGBTQIA+.