A Secretaria de Saúde de Maceió (SMS) realizou, nesta quinta-feira (24), uma reunião de alinhamento sobre a linha de cuidados às crianças com sífilis congênita e expostas à sífilis. A iniciativa ocorreu no auditório da pasta, no Centro da capital, e contou com a participação de pediatras, representantes de maternidades e diretores de unidades de saúde municipais.
A reunião foi pautada pela Nota Técnica Nº 02/2024 – DVS/CGE/CTPCIST, que reorganiza o acompanhamento das crianças no município de Maceió e detalha uma nova linha de cuidado, o mapa de vinculação e o fluxo de encaminhamento. O documento foi elaborado para garantir uma abordagem integrada e eficiente, ao descentralizar o acompanhamento que antes se concentrava no Serviço de Assistência Especializada (SAE), localizado no Bloco I do Pam Salgadinho.
A mudança é reflexo das recomendações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT/2022) do Ministério da Saúde, que recomenda que toda criança exposta à sífilis seja acompanhada pela Atenção Básica (AB), no território de sua residência. A descentralização permite um atendimento mais próximo e contínuo.
“O novo fluxo de acompanhamento estabelece que, ao identificar um caso de sífilis congênita nas maternidades, será realizado o encaminhamento imediato da criança para a Unidade de Saúde do território onde reside, com agendamento já realizado, conforme o Mapa de Vinculação”, destacou Rita Mendonça que trabalha na área técnica da Sífilis na SMS.
A reorganização do fluxo garante também que o atendimento complementar seja feito em serviços de referência do município de Maceió, quando o quadro clínico da criança exigir atenção especializada. A proposta visa maior eficiência e continuidade no cuidado, evitando a necessidade de deslocamentos constantes para outras regiões da cidade, o que facilita o acesso e promove um monitoramento mais ágil e eficaz.
A expectativa é que as mudanças comecem a ser aplicadas de forma imediata e promovam um cuidado mais humanizado e próximo das famílias. “Os pediatras das unidades de saúde serão responsáveis pelo acompanhamento na puericultura, monitorando possíveis sinais e sintomas da sífilis congênita e solicitando testes e exames complementares quando necessário”, explicou Rita Mendonça.