A Secretaria de Saúde de Maceió (SMS) concluiu o balanço dos seis meses de atuação do PET-Saúde Equidade. A iniciativa se destaca pela execução de ações que têm o intuito de fortalecer a equivalência no Sistema Único de Saúde (SUS).
O programa é executado em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e visa dar visibilidade e reconhecimento a trabalhadoras e trabalhadores historicamente marginalizados, como mulheres negras, a população LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência, que muitas vezes enfrentam iniquidades no ambiente de trabalho.
Segundo a técnica da SMS e coordenadora do projeto, Tereza Carvalho, neste semestre os grupos tutoriais de aprendizagem se dedicaram ao letramento em temas cruciais, como gênero, raça, etnia, deficiências, maternagem e saúde mental. “Essa formação abrangeu tanto os integrantes do projeto quanto bolsistas e voluntários (as), além de promover uma aproximação com as trabalhadoras e trabalhadores dos campos de prática, como parte da proposta da 11ª edição do programa, que prioriza a educação pelo trabalho”, relatou.
Uma das principais iniciativas do semestre foi a aplicação de um questionário em diversos campos de prática do programa como a Vigilância Sanitária, o Caps Dr. Rostan Silvestre e unidades de saúde, como a US Pimentel Amorim, UDA Ufal, URS Hamilton Falcão e a ESF Denisson Menezes.
O objetivo do levantamento é identificar o perfil das trabalhadoras e trabalhadores, ao mapear o gênero, orientação sexual, raça/cor, etnia, deficiências e suas necessidades em áreas como maternagem e saúde mental, além de outras questões que influenciam o desempenho laboral. As informações coletadas são fundamentais para orientar a gestão de pessoas da SMS e garantir uma organização do serviço mais inclusiva e equitativa.
“Durante os seis meses, tornou-se evidente a importância de inserir essas discussões na formação de novos profissionais de saúde, visando assegurar que suas práticas futuras estejam fundamentadas na equidade. A gestão do trabalho e da educação na saúde dependem de informações concretas sobre este perfil da força de trabalho que constitui ferramenta importante para o desenvolvimento e aprimoramento do SUS” pontuou Tereza Carvalho.
Atualmente, o PET-Saúde Equidade conta com 61 bolsistas e oito voluntárias/os, incluindo estudantes de diversas áreas como Ciências Humanas, Sociais e da Saúde, além de preceptoras e professoras tutoras. A rede de colaboração tem sido vital para o sucesso do projeto, promovendo mudanças significativas no cotidiano dos serviços de saúde e transformando-os em espaços mais justos e inclusivos.
Encerrando o primeiro semestre, foi realizada no dia 11 de outubro uma reunião geral na Faculdade de Medicina da Ufal, com o objetivo de refletir sobre as atividades realizadas e compartilhar os aprendizados adquiridos ao longo do semestre. O encontro reafirmou o compromisso do PET-Saúde Equidade em contribuir para a construção de um sistema de saúde mais equânime e acessível para todos.