A Advocacia Multiportas vai além da tradicional noção de Justiça Multiportas, propondo uma postura integrada e responsável, comprometida com a cultura de paz, o respeito às partes envolvidas e a promoção de soluções justas e equilibradas. Essa abordagem inova ao encontrar o equilíbrio entre a postura litigante e a abordagem consensual. Assim, a Advocacia Multiportas capacita o advogado a ser incisivo quando necessário e apaziguador nos momentos adequados, de maneira a atender os interesses do cliente e promover uma atuação consciente e ética.
Para mostrar essa abordagem que visa ampliar o campo de atuação dos advogados e advogadas, incentivando-os a exercer suas funções com um olhar sistêmico, ético e alinhado aos princípios da advocacia consciente, o Conselho Federal da OAB promove o evento virtual “Advocacia Multiportas: inovações, ética e bem-estar na carreira jurídica” no dia 26 de novembro, das 14h às 18h30, por meio do canal do CFOAB no YouTube.
Segundo a presidente da Comissão Especial da Advocacia Multiportas do CFOAB, Eunice Schlieck, em tempos de avanço tecnológico e o crescente uso da inteligência artificial, é essencial que a classe se adapte e amplie seu escopo de atuação para fortalecer a dignidade e o seu lugar na sociedade. “A Advocacia Multiportas propõe justamente uma prática jurídica que não apenas soluciona conflitos, mas que reafirma o papel insubstituível do advogado como facilitador de paz, guardião da ética e promotor da justiça. Ao adotar essa postura, a advocacia se coloca em uma posição de protagonismo, afastando a possibilidade de substituição por ferramentas tecnológicas que, embora úteis, jamais poderão replicar a sensibilidade e o posicionamento ético humano”, disse.
Schlieck afirma que essa mudança é necessária e reflete o reconhecimento de que a prática jurídica atual vai além da simples condução de processos. “O avanço das ferramentas tecnológicas, especialmente com a IA, exige que os advogados se destaquem pela sua capacidade humana. A Advocacia Multiportas demanda que os advogados desenvolvam competências comportamentais e emocionais para se tornarem facilitadores de soluções, ajudando o cliente a tomar decisões mais conscientes e alinhadas com seus verdadeiros interesses, algo que a inteligência artificial não consegue realizar”, frisou, complementando que “ao apoiar essa transformação, a OAB reforça seu compromisso com o aprimoramento da profissão, colocando o cliente e a postura do advogado no centro do processo”.
Durante o evento, os participantes terão a oportunidade de assistir a painéis sobre inteligência artificial; saúde mental e bem-estar na advocacia; marketing jurídico e posicionamento na carreira; e como precificar honorários, fazer audiências e atender clientes para fechar contratos. Confira a programação.
O evento certificará os participantes em 4 horas e 30 minutos a título de atividade complementar.