O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a suspenção do direito de visitas ao tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, oficial do Exército, preso desde novembro pela Operação Contragolpe da Polícia Federal.
A decisão do ministro foi tomada após o Comando Militar do Planalto informar que irmã do tenente-coronel, Dhebora Bezerra de Azevedo, tentou levar ao oficial detido uma caixa de panetone que também continha “um fone de ouvido, um cabo USB e um cartão de memória”.
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Dino libera parte de emendas de comissão bloqueadas.STF nega liberdade condicional a ex-deputado Daniel Silveira.SP: Justiça dá prazo para prefeitura explicar alta da tarifa de ônibus.O episódio ocorreu na tarde do último sábado (28), na carceragem do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB), onde Rodrigo Bezerra Azevedo está em prisão preventiva.
A defesa do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo deve apresentar uma petição para que o ministro Alexandre de Moraes reveja a decisão. Em áudio enviado à Agência Brasil, o advogado Jeffrey Chiquini afirmou que “provavelmente” vai entrar com pedido “para que haja uma individualização das condutas. Suspender todas as visitas é demais”, disse, se referindo ao propósito de evitar a proibição de visita da esposa e da filha.
Chiquini também comentou que havia feito contato com a Dhebora Bezerra de Azevedo. “Conversei com a irmã dele agora, ela me contou o mal-entendido. De fato, ela confirmou a informação, mas que não chegou a acessar o presídio. Ela não chegou a entrar com o fone.”
Ação clandestina
O tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo é integrante das Forças Especiais do Exército, também conhecidos como “kid pretos”, especializados em ações de guerrilha, infiltração e outras táticas militares de elite.
Inquérito da Polícia Federal descreve que Azevedo é um dos militares que participaram da ação clandestina de 15 de dezembro de 2022 para executar em Brasília o ministro Alexandre de Moraes.
Conforme a PF, o tenente-coronel respondia pelo codinome “Brasil” em mensagens interceptadas pelos investigadores em aparelho de celular, que posteriormente foi reabilitado com outro número de linha em nome do próprio Azevedo.
À época de revelação dos inquéritos da PF, o advogado Jeffrey Chiquini negou que Rodrigo Bezerra Azevedo respondesse pelo codinome “Brasil” e ainda disse ter provas de que no dia da ação clandestina o militar estava em casa com a família, em Goiânia, pois é sua data de aniversário.