Painel sobre o comércio abordou os impactos das plataformas digitais no varejo online

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Ao longo desta segunda-feira (11), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) promove a edição 2024 do Seminário Executivo Economia Digital. Reunindo nomes do cenário nacional, o evento acontece até às 17h no Centro de Inovação do Jaraguá é conta com a correalização do Movimento Alagoas Competitiva (MAC) e a parceria estratégica do Sebrae Alagoas.

Na abertura, o presidente da Federação, Adeildo Sotero, destacou o papel que as soluções digitais ocupam. “Hoje teremos um dia de oportunidades. Considerando que as soluções digitais há muito deixaram de ser uma tendência e se consolidaram como uma realidade para empresas, discutir os avanços tecnológicos e seus impactos na economia é, certamente, uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento dos negócios”, afirmou.

Além do importante debate para os segmentos do Comércio, de Serviços, de Turismo e de Política Públicas, o evento se preocupou em efetivar a responsabilidade social, por meio da arrecadação de alimentos para o programa Mesa Brasil, bem como a acessibilidade, com os tradutores da Tecnolibras e com a escolha de um local com estrutura adequada para receber pessoas com necessidades especiais.

Comércio e negócios digitais

O comércio no varejo está evoluindo para ser multicanais e, se a empresa focar apenas no online ou no físico, é certeza que ela deixe de existir. O universo do e-commerce traz diferentes plataformas que permitem a presença digital das empresas. Para se ter uma ideia, 228,3 milhões de pessoas realizam buscas no Google por hora, totalizando 166 bilhões ao mês; o Chat GPT é acessado por 250 milhões de usuários por semana; e as ferramentas do Grupo Meta, nas quais se inerem o Whatsapp, o Instagram e o Facebook, possuem mais de 3,5 bilhões de usuários em todo mundo. Neste cenário, as plataformas de e-commerce possibilitam a conexão entre quem fornece e quem demanda.

“Os mais de 3 milhões de residentes em Alagoas fazem parte disso. Então, quando a gente fala se o digital é relevante ou não para um grande negócio, a resposta é sim. O digital faz parte do dia a dia de todos os seus clientes e funcionários”, ressaltou o cofundador e CEO da Build, Paulo Camello, mediador do painel Comércio: tendências, experiências e resultados em negócios digitais, que trouxe como painelistas Leandro Neves, cofundador e CEO da Weni by Vtex; Carina Oiticica, cofundadora da Yellow Kite; e Ery Cledson Cavalcante, diretor comercial do Grupo Vieira.

A importância da construção da marca foi abordada por Carina Oiticica. Ela ressaltou que, no dia a dia, recebemos inúmeros estímulos de marcas, mas como a mente não tem capacidade para absorver todos, passa a fazer filtros. Assim, apenas 86 marcas são percebidas pelo cérebro em um único dia. Destas, a disposição para interagir é somente com 12. “Então, se um dia alguém interagiu com a sua marca no seu site, na sua rede social, saiba que foi uma entre as 12 marcas que ela resolveu engajar naquele dia. E a pergunta que eu gosto de deixar é a seguinte: neste mundo cheio de excessos que a gente vive, cheio de estímulos, como eu posso destacar a minha marca para gerar valor e para que meu cliente me perceba”, questionou. Segundo ela, o principal erro de comunicação da maioria das marcas está em fazer uma publicidade em uma linha muito racional, tentando explicar a funcionalidade e os benefícios do produto, quando, na verdade, as pessoas são mais regidas pelas emoções. “Nossa mente não é otimizada para dados; ela é um banco de sentimentos e emoções. Então quando vocês forem trabalhar a comunicação de vocês, seja no digital, seja no offline, têm a que estar o tempo todo pensando em como podem despertar esses sentimentos”, disse, acrescentando que, para estabelecer presença nos meios digitais e criar relacionamentos, é preciso ser útil, criando valor com um conteúdo que faça a diferença para a vida do cliente.

A interação com o cliente foi abordada por Leandro Neves, da Weni by Vtex. Como as empresas evoluíram da era da conversa cara a cara para o atual contexto de comunicação relacional, saber se posicionar neste processo é importante. “E por que conversas? Porque as pessoas querem se relacionar com marcas, elas querem manter coerência e elas querem estar presentes nas plataformas digitais”, afirmou. A atenção ao processo de compra também deve ser o diferencial da empresa. “Vocês têm que oferecer uma conveniência e acessibilidade no processo de compra. Ele tem que ser rápido. Hoje, como é muito difícil você escolher um produto, a conveniência e a acessibilidade do processo de compra são importantes. Então, se os seus clientes precisam de personalização, adapte-se”, aconselhou ao acrescentar que o pós-venda é também é fundamental.

Discorrendo sobre a economia digital, Ery Cledson Cavalcante, diretor comercial do Grupo Vieira, deu um rápido panorama sobre as mudanças operacionais das empresas.  Relembrando o conceito de Klaus Schwab, de que a economia digital não é apenas um conjunto de tecnologias, mas um novo sistema de criação de valor, ele apontou as pessoas, os processos e a tecnologia como desafios. Tratando-se de pessoas, o desafio é a resistência à mudança tecnológica. “Um outro desafio, e em que as empresas precisam investir, é mudar sua maneira de fazer as contratações para que ela consiga desempenhar nesse mundo digital”, disse. No tocante aos processos, o gestor falou da sobre a mudança que o grupo implementou, a exemplo da alteração do sistema que possibilita um melhor controle financeiro, com redução de erros em relatórios de operações, auxiliando na velocidade na tomada de decisões. “Mesmo com todos esses esforços e investimentos, o resultado não é garantido. Mas a gente não pode ficar parado. Nesse mundo de transformação, a gente tem que estar sempre procurando o caminho para entregar mais qualidade para o nosso cliente. Então, a reflexão que eu gostaria de deixar é: quando a gente quer mudar? Porque a mudança já começou”, instigou.

O evento tem como patrocinadores o Senac, o Sesc, o Sebrae, o Senai, a Ademi, o BSF, a ASA e a Weni by Vtex. São entidades parcerias: SECTI, Sefaz, Centro de Inovação, Fapeal, Ifal, Thermas de São Pedro, MME Hoteis, Build, Doity, Vieira, YollowKite, SLG Partners e Smartalks.ai.







 

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