Na noite dessa quarta-feira (30), Hugo Motta (Republicanos-PB) já conta com um grande apoio e uma maioria formal na disputa pela presidência da Câmara.
Caso todos os partidos que o apoiam realmente votem nele, ele poderá contar com o respaldo de 312 dos 513 deputados federais. A votação, agendada para fevereiro, ocorrerá de forma secreta.
As bancadas que já expressaram apoio a Motta para suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara incluem:
PL: 92 deputados; PT: 68 deputados; PP: 50 deputados; Republicanos: 44 deputados; MDB: 44 deputados; e Podemos: 14 deputados.
Na soma de 12 deputados, a expectativa é que os partidos que compõem a federação com o PT na Câmara — PCdoB e PV — também manifestem apoio a Motta em breve.
A eleição interna para a presidência da Câmara – que está agendada para fevereiro do próximo ano – começará com pelo menos 257 deputados presentes no plenário. Para ser eleito, o candidato precisa alcançar a maioria absoluta dos votos na primeira rodada ou ser o mais votado em um eventual segundo turno.
Os apoios do PL e do PT eram considerados essenciais para consolidar e fortalecer a candidatura de Hugo Motta. Além de serem de espectros políticos opostos, ambos os partidos possuem algumas das maiores bancadas da Casa.
No entanto, no PL, nem todos veem o apoio a Motta de forma positiva, especialmente a ala mais bolsonarista do partido.
Por outro lado, de acordo com o líder da sigla na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), tanto o ex-presidente Jair Bolsonaro quanto o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, preferem Motta como candidato,
Motta se posiciona como um candidato da convergência e busca replicar o blocão que apoiou a reeleição de Arthur Lira à presidência da Câmara no ano passado. Lira foi reconduzido com o apoio de 20 partidos, obtendo 464 votos.
Os demais candidatos à presidência, Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSD-BA), ainda não contam com o apoio formal de nenhum partido.