A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da Coordenação Técnica de Vigilância e Agravos Transmissíveis e Não Transmissíveis (CTVATNT), realizou nesta semana um treinamento sobre Toxoplasmose Gestacional e Toxoplasmose Congênita. O encontro ocorreu no auditório da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), em Jaraguá, e foi direcionado a agentes de saúde, por terem contato direto com a população.

Evangeclea Aparecida de Oliveira, técnica responsável pelo monitoramento da doença na DVS, destacou a importância do treinamento. 

“Esses momentos são muito importantes pois os agentes de saúde são profissionais que lidam diretamente com a população, orientando para que todos se previnam contra a doença. Essa disseminação de informações também contribui para a diminuição dos casos e do número de recém-nascidos com toxoplasmose, além de encaminhar os casos confirmados para que façam tratamento em tempo oportuno”, explicou a técnica.

A profissional explicou ainda que a capacitação sobre toxoplasmose gestacional e toxoplasmose congênita é de grande interesse para a saúde pública, pois a toxoplasmose gestacional, se não tratada, pode causar comprometimentos graves para o bebê. 

“A toxoplasmose gestacional é de especial interesse para a saúde pública devido à infecção que pode causar no feto. Assim que a mãe for diagnosticada, o tratamento deve ser iniciado imediatamente. A toxoplasmose tem cura e tratamento”, complementa Evangeclea Aparecida de Oliveira, técnica responsável pelo monitoramento da doença. 

A maioria dos bebês de mães que tiveram toxoplasmose nascem aparentemente saudáveis. Para detectar a doença, é necessário realizar a sorologia para toxoplasmose nos bebês, para que, se contaminados com Toxoplasma gondii, a medicação seja iniciada o mais rápido possível. Existe uma janela de tratamento até o primeiro ano de vida, sendo que quanto antes for tratado, melhor. Se o Toxoplasma estiver no olho do bebê e não for tratado imediatamente após o nascimento, pode causar cegueira permanente.

A Diretoria de Vigilância em Saúde realiza informes epidemiológicos que são distribuídos para a população, além de monitoramento do banco de dados da toxoplasmose e vigilância da doença. Quando há um caso notificado, as investigações são conduzidas até a cura do paciente, seja através dos núcleos hospitalares ou diretamente pela Secretaria, é garantido o acesso ao tratamento.

Sobre a Toxoplasmose

A toxoplasmose é uma doença comum nos grandes centros urbanos, causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. É uma doença parasitária que afeta principalmente o sistema nervoso central, o sistema reprodutor, músculos esqueléticos e órgãos viscerais.

A toxoplasmose pode afetar várias espécies de animais, como aves e mamíferos (gatos, porcos, ovelhas, cabritos e cavalos). A transmissão ocorre através da ingestão de carne crua ou mal passada contaminada com o Toxoplasma gondii, contato com fezes de gato, ou consumo de água ou alimentos contaminados e transfusão sanguínea através da placenta se a mãe estiver com toxoplasmose.

Como evitar a toxoplasmose?

– Lavar as mãos com água corrente e sabão ao manipular alimentos.

– Lavar bem frutas, legumes e verduras antes de ingeri-los.

– Evitar a ingestão de carnes cruas, mal cozidas ou mal passadas, incluindo embutidos.

– Evitar manuseio direto com solo, incluindo jardins e parques; caso seja necessário, usar luvas e lavar bem as mãos após a atividade.

– Evitar o contato com fezes de gato.

– Após manusear carne crua, lavar bem as mãos e toda a superfície.

– Não consumir leite e seus derivados crus ou não pasteurizados.

– Limpar a caixa de areia dos gatos diariamente.

– Usar luvas e pás de lixo.

– Alimentar os gatos com carne cozida ou ração, evitando que comam animais caçados.

– Lavar bem as mãos após o contato com animais, sempre utilizando água corrente e sabão.