Pensando no objetivo de garantir o direito à alfabetização até o 2° ano do ensino fundamental, a Secretária Municipal de Educação (Semed) realizou mais uma atividade na Jornada Pedagógica 2024, que aconteceu nos dias 3, 4 e 5 deste mês. A mesa redonda procurou discutir novos formatos de leitura e socializar práticas de alfabetização que fizeram a diferença na rede.

O tema do momento foi “Multimodalidade na Alfabetização: práticas sociais e digitais na formação de leitores”, e trouxe para a roda de conversa diversas educadoras para fomentar debates acerca da utilização de gêneros multimodais no letramento dos estudantes, que são aqueles que possuem mais de uma modalidade de forma linguística.

Além da conversa sobre as estratégias de alfabetização, professoras da rede que utilizam esses recursos apresentaram os resultados que obtiveram com seus alunos.

A técnica do Ensino Fundamental, Mayara Cordeiro, destaca que a atividade proposta da jornada faz parte de um amplo trabalho que vem sendo feito para atingir a meta de 100% de crianças alfabetizadas na rede.

“Nosso grande objetivo é fazer com que nossas crianças sejam fluentes em leitura e escrita para que elas tenham condições de desenvolver outras aprendizagens em seu ciclo formativo. Uma das prioridades da Educação de Maceió é investir em programas e projetos que atuem nas salas de aula e auxiliem também nossos educadores”, contou.

Práticas Exitosas

A professora Islane Caroline, da escola Corintho da Paz, socializou na Jornada Pedagógica o projeto “Jornal Da Manhã: a poesia está no ar” que ela vem trabalhando ao longo dos meses com os alunos. A proposta da atividade foi de trabalhar a leitura em diferentes formas linguísticas, onde os alunos liam um livro de poesia e gravavam essa leitura encenando um programa de tv, como conta a professora.

“Estávamos trabalhando a leitura do livro “ABC da meninada”, que os alunos estavam gostando muito por trabalhar várias linguagens. Decidimos criar um jornal, para desenvolver as competências comunicativas dos alunos. Eles se divertiram em todas as fases do projeto, construímos uma TV com uma caixa de papelão, levamos microfone de lapela, som e iluminação para fazermos as gravações”, detalhou ela.

O resultado disso foram crianças com a leitura mais fluente e com mais segurança na comunicação, completou Islane contando os impactos que o projeto teve no aprendizado dos alunos.

“É importante ressaltar que essa turma foi um desafio, tínhamos questões comportamentais para lidar e alguns alunos que não conseguiam expor suas opniões para os outros colegas. Por isso pensamos em fazer a oralização dos gêneros e deu muito certo. Lembro de um aluno que ainda não estava fase alfabética e ao decorrer do projeto passou a ler as poesias do livro”, lembrou.